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Méliuz alcança lucro operacional recorde no 2º trimestre

O Méliuz acaba de alcançar um recorde histórico, registrando um lucro líquido de R$ 7,6 milhões no segundo trimestre de 2025. Isso ocorreu após a empresa ser pioneira no Brasil como uma Bitcoin Treasury Company. Para se ter uma ideia, no mesmo período do ano passado, a companhia havia enfrentado um prejuízo de R$ 60,8 milhões. O EBITDA, que mede o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização, também trouxe bons resultados, totalizando R$ 12 milhões, um crescimento impressionante de 118% em comparação ao ano anterior.

Outro dado interessante é que a carteira de Bitcoin (BTC) do Méliuz valorizou R$ 30 milhões, alcançando um Bitcoin Yield de 908%. Em termos práticos, isso quer dizer que, para cada mil ações do Méliuz, a quantidade de Bitcoin vinculada a elas aumentou mais de nove vezes. A gente pode imaginar essa valorização como um crescimento explosivo na exposição dos acionistas à criptomoeda.

Atualmente, a empresa possui 595,7 BTC, adquiridos a um preço médio em torno de US$ 103 mil. Gabriel Loures, CEO do Méliuz, destacou que o segundo trimestre representa o primeiro ciclo completo em sua nova fase como Bitcoin Treasury Company e que os resultados refletem a eficácia da estratégia adotada.

Primeira Bitcoin Treasury Company do Brasil

O Méliuz se tornou a primeira Bitcoin Treasury Company do Brasil em maio deste ano. A mudança ocorreu após a aprovação de uma nova cláusula em seu estatuto, permitindo investimentos em Bitcoin. Na época, Israel Salmen, fundador da empresa, afirmou que o objetivo agora era acumular Bitcoin. O primeiro passo dessa estratégia foi a compra de 274,52 BTC por US$ 28,4 milhões, além de um investimento inicial de 45,72 BTC por US$ 4,1 milhões realizado em março.

Atualmente, o Méliuz é o maior detentor corporativo de Bitcoin na América Latina. Desde que anunciou sua transformação em Bitcoin Treasury Company, suas ações valorizaram cerca de 67%. Isso também levou a um aumento considerável no volume de negociação da ação CASH3, que passou de R$ 4,1 milhões para R$ 37,6 milhões.

É válido notar que, mesmo com esses resultados positivos, a valorização do Bitcoin não é reconhecida como lucro nas demonstrações financeiras até que o criptoativo seja vendido. Ou seja, a valorização das reservas de Bitcoin da empresa não impactou diretamente suas finanças nesse período.

Expansão dos negócios de cashback garante aumento da receita líquida

Vários indicadores ajudam a explicar como o Méliuz conseguiu melhorar seus resultados no segundo trimestre. Com a expansão de suas operações, a receita líquida cresceu 12%, totalizando R$ 97,8 milhões – o melhor desempenho no histórico da empresa.

Outro ponto importante é que a empresa conseguiu diminuir suas despesas fixas para 41% da receita líquida nos últimos 12 meses. Contudo, os investimentos em marketing aumentaram de 7% para 12% da receita. Mesmo com esse aumento de custos, a eficiência da operação melhorou: a margem EBITDA ajustada subiu de 12,3% no primeiro semestre de 2024 para 15,5% no mesmo período em 2025. Isso mostra que a operação principal do Méliuz está gerando caixa, permitindo financiar futuras aquisições de Bitcoin.

Estratégia Bitcoin mira mercado internacional

Para o segundo semestre, o Méliuz planeja expandir sua Estratégia Bitcoin com a listagem de suas ações na OTCQX, uma bolsa nos Estados Unidos. De acordo com Loures, isso permitirá acessar uma base maior de investidores sem emitir novas ações, alinhando-se a outras Bitcoin Treasury Companies.

Além dessa iniciativa, o Méliuz já fez uma captação de cerca de US$ 33 milhões (R$ 180 milhões) para comprar mais BTC em junho. Recentemente, a empresa contratou Mason Foard como Diretor da Estratégia Bitcoin, com a função de desenvolver novos instrumentos financeiros para captação internacional.

O interesse do Méliuz vai além da simples acumulação de Bitcoin. A empresa planeja lançar novos produtos, como o Criptoback, que oferecerá cashback em Bitcoin aos usuários, e uma plataforma para negociação direta da criptomoeda.

Diego Kolling, responsável pela Estratégia Bitcoin no Brasil, compartilhou uma visão otimista sobre o futuro: “A adoção institucional é um caminho sem volta. Assim como hoje todas as empresas são digitais, em breve, todas terão Bitcoin em seus tesouros.”

Rafael Cockell

Administrador, com pós-graduação em Marketing Digital. Cerca de 4 anos de experiência com redação de conteúdos para web.

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